segunda-feira, 15 de março de 2010

4. Geografia e Clima



O RELEVO




O território de Timor Leste, embora de pequena dimensão, não apresenta uma morfologia uniforme. O centro do país é constituido por uma cadeia montanhosa, que constitui a característica dominante da morfologia da ilha, a qual se expande para leste perdendo abruptamente altitude. O relevo muito acidentado e quase impenetrável das montanhas de Timor assumiu especial importância na história deste país. Se, desde sempre as cordilheiras, devido à sua salubridade, foram local de fixação das populações, nos tempos mais próximos elas foram destino de exílio das comunidades temerosas dos conflitos nacionais.


A morfologia natual do território tornou as montanhas um verdadeiro labirinto inacessível, atraindo a população. Por outro lado, no interior das cordilheiras terraços fluviais decorrentes da sedimentação de resíduos trazidos pelas águas proporcionam zonas planas e férteis, que não só permitem a fixação de povoamentos, como são propícias à actividade, agro-peucuária, providenciando a autosubsistência das populações.


Em Maliana (Bobonaro), Aileu e Gleno (Ermera) encontram-se os principais terraços fluviais do país, alvo, em tempos recentes, de migrações internas, dada a sua valorização pela irrigação, apresentando assim, densidades populacionais elevadas.





REDE HIDROGRÁFICA

Devido à morfologia acidentada do território, a época das chuvas provoca a existência de inúmeras cascatas. As intensas chuvas, aliadas à morfologia do território, originam bacias hidrográficas e processos de erosão que são os principais causadores das inundações e desmoronamento de terras do país. Se por um lado o caudal de água sobe e alastra-se às construções, culturas e infra-estruturas, destruindo o meio humano, por outro lado, cria uma instabilidade das vertentes, podendo provocar escorregamentos.



Estes escorregamentos, quando sobre povoamentos e campos agrícolas, não apenas destroem e causam prejuízos materiais elevados como são responsáveis por vítimas humanas e animais, dado o seu carácter repentino e a consequente falta de tempo para a sua fuga. A costa sul da ilha é a mais vulnerável do território, cuja baixa altitude é propensa ao alagamento. Mas outras áreas do território também se encontram em perigo.


O CLIMA

Os climas de monções são caracterizados por inversões sazonais do regime dos ventos, que acarretam uma nítida alteração das condições da humidade, da temperatura e, sobretudo, das precipitações. Duas vezes por ano, alternam-se regimes de ventos com direcções opostas que dão origem a duas estações distintas: a estação seca e a estação das chuvas - próprio dos climas tropicais. Em Timor, a estação das chuvas é caracterizada por ventos húmidos, enquanto que na estação seca se verificam ventos secos, provenientes do continente australiano.

A Ásia é a zona do globo terrestre que mais sofre com os desastres naturais. O microclima que existe em Timor torna-o mais susceptível e vulnerável aos vários desastres naturais; outras causas são também a sua localização geográfica (próximo da zona de convergência das placas tectónicas euro-ásia e australiana), zona de vulcanismo activo, grande actividade sísmica e ocorrência de tsunamis. Então, os desastres naturais que ocorrem com mais frequência ou a que Timor está mais sujeito são inundações, ciclones, escorregamentos, sismos, tsunamis e erosão, sendo a acção humana um factor agravante na maioria dos casos.





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